04/08/2015 11h36 - Atualizado em 04/08/2015 12h53

CPI da Petrobras cancela acareação entre Paulo Roberto Costa e Youssef

Juiz encaminhou atestado mostrando que ex-diretor da estatal está doente.
Comissão ainda não reagendou uma nova data para a acareação.

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília

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O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (Foto: Joedson Alves/Estadão Conteúdo e reprodução GloboNews)O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (Foto: Joedson Alves/Estadão Conteúdo e reprodução GloboNews)

A CPI da Petrobras cancelou a acareação marcada para a próxima quinta-feira (6) entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. O motivo do cancelamento foi o recebimento de um atestado médico dizendo que Costa está doente. O laudo foi encaminhado à comissão pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância.

O magistrado solicitou o adiamento da acareação devido ao problema de saúde do réu e a comissão parlamentar de inquérito teve que cancelar a acareação. Uma nova data ainda não foi marcada.

 

“Esse foi o motivo que o Moro alegou para pedir o adiamento. Ele encaminhou comunicado de que o Paulo Roberto está doente e solicitando o adiamento da acareação. Mandou um atestado, mas não entrou no detalhe da doença”, disse ao G1 o presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB).

O parlamentar vai se reunir com integrantes da comissão nesta terça para definir uma nova agenda para esta semana. Uma possibilidade é fazer uma sessão para votar requerimentos, inclusive de convocação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, preso nesta segunda (3) na 17ª fase da Operação Lava Jato.

Condenado no julgamento do mensalão Dirceu, que estava em prisão domiciliar, foi encaminhado para a Superintendência da PF em Brasília após Moro decretar sua prisão preventiva. No mandado de prisão, o juiz diz que o ex-ministro "teria insistido" em receber dinheiro de propina em contratos da Petrobras mesmo após ter deixado o governo, em 2005.

A CPI poderá ainda marcar outros depoimentos que já foram aprovados, mas permanecem sem data, como o da advogada Beatriz Catta Preta, que acusa a comissão de tê-la “intimidado”. Catta Preta atuou em nove dos 22 acordos de delação premiada no âmbito da Lava Jato e decidiu abandonar a carreira depois de ter sido convocada para depor na CPI.

Em entrevista ao Jornal Nacional, ela afirmou que as “ameaças veladas” se intensificaram depois que o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo, cliente dela nos processos da Lava Jato, mudou depoimento ao Ministério Público Federal e incriminou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Segundo Camargo, Cunha pediu US$ 5 milhões em propina no esquema de corrupção da Petrobras.O peemedebista nega a acusação e diz que o delator mentiu após pressão do Executivo e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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